Ontem no programa da Maria Elisa, algum dos seus convidados abordou uma questão interessante.
O que aconteceu aos guarda-rios?
Um Sr. . muito s ério e com ironia disse...cortes orçamentais.
O guarda-rios como alguém explicou, era uma pessoa responsável pela limpezas dos rios, riachos e valas.
Vigiava as descargas para os mesmos, estava atento s porcarias que as populações deitavam para as margens e para os próprio rios e riachos.
Claro que era uma profissão útil ao p +ais.
Afianal evitava o acumular de lixo, que quando chove vai entupindo os rtiachos não deixando a água seguir o seu curso normal, e provocando as subidas das águas e muitas vezes cheias.
Desentupiam as valas, as valetas...
Claro que uma Sra. disse logo que tinham sido substituídos por uma entidade pública com um nome pomposo e que não serve para nada!
Agora temos os alertas ...amarelo, laranja e vermelho!
E a protecção civil que s ó aparece depois das inundações, ou das tragédias...
Aí aparecem uns Srs. de blusões a falarem na Tv. .
Uns Srs. que o resto do ano estão fechados em gabinetes!
preveniram alguma coisa?
Alertaram as populações?
Desentupiram alguma coisa?
Não.
É tão simples quanto isso.
Os guarda-rios andavam de roupas velhas e a pé...
Mas a nível de eficiência aposto o que quiserem em como eram mais profissionais, mais empenhados, mais zelosos dos seus deveres.
As estradas não tem sarjetas para escoarem as águas, não é necessário...a estrada encarrega-se disso!
Tem algum problema que o alcatrão fique inundado, que os carros não passem, que as pessoas cheguem atrasadas aos seus trabalhos?
Não...somos um pais muito desenvolvido!
Que interessa s os rios levam troncos de árvores, máquinas, caixas e outras porcarias...
Se não passar inunda as vilas e aldeias do nosso rico pais.
Qual é o problema?
E as linhas férreas?
Os comboios não passam, os autocarros não chegam para as encomendas, as pessoas molhadas e insatisfeitas...
Chamem a protecção civil...
Em Alenquer, sitio propicio para as cheias, aqui a uns anos o rio subiu a um ponto de transbordar.
Os comerciantes da baixa já fechavam as lojas, protegiam as portas com sacas de areia, com chapas e gesso..
O p ânico estava instalado, o rio estava a um palmo de saltar e alguém acalmava a população?
Alguém dava noticias?
Todos ali na rua esperávamos o pior...
Claro que apareceu um carro da protecção civil com dois Srs. de mãos nos bolsos.
Falavam ao telemóvel e juntaram-se à população inquieta.
Nem uma palavra, nem um gesto.
Depois de algum tempo ali, partiram de jipe!
A população ali ficou agarrada ao rádio local, o único que dava informações...
Graças a Deus, o rio rebentou num terreno baldio, e a vila respirou de alivio.
Sim, Portugal não aprendeu nada!
Sim Portugal está sempre dependente do Sr. lá de cima e da sua protecção.
Obrigada Meu Deus.