Aqui vou publicar os meus receios, as minhas angustias, as minhas aventuras neste pequeno planeta...

22
Fev 08

Na segunda-feira enquanto chovia lá fora eu teclava alegremente...

Estava a preparar-me para publicar um post quando pumba...

Um trovão e foi-se a luz aqui na rua!

 Nós aqui na rua colocámos o nome de zona do passarinho!

Se chove falta a luz, faz um trovão falta a luz, o sol brilha falta a luz, necessita-se de arranjar alguma coisa, primeira zona a ser cortada...o passarinho!

Bolas...fiquei furiosa.

Estava mesmo a terminar a história da capoeira...e não consegui gravar!

Ainda não a escrevi outra vez.

Talvez amanhã quando chover.. ihih !

Mas o arrepiante desta história é que ontem soubemos que tinha caído um raio aqui bem perto...

Sim na última casa da minha rua.

A casa mais xpto , tem piscina e tudo.

Pois é...os senhores apanharam um susto do caraças.

O raio caiu na cozinha!

Rebentou-lhes a canalização, estragou os electrodomésticos, a cozinha acho que ficou inutilizada. Ou seja tem de voltar a fazer a canalização, pintar as paredes e comprar outros electrodomésticos.

A Sra. estava apavorada!

E não é para menos.

Não sei como aconteceu...mas a natureza é poderosa.

Nada de que possamos fazer evita catástrofes.

Assim é que nos apercebemos de como somos pequeninos, somos um bicho com manias de que controlamos tudo aqui na terra.

Sempre disse  e reafirmo, estamos de passagem, temos de respeitar o planeta e a natureza.

E já pensaram que este casal se tem o azar de estar naquela divisão da cozinha tinha virado churrasco de raio!

Ups uma piada parva.. ihih !

Mas verdadeira. Podiam ter morrido queimados.

Bolas...

A teoria da minha mãe é de que agora existem muitas coisas, muitas geringonças  eléctricas que atraem os raios.

Não sei...até pode ser!

Como já disse não sei o que se passou.

Sei que mais uma vez a natureza mostrou o seu poder perante o homem!

publicado por abadia7 às 19:54

 

Acabei de chegar da rua.

Sim, aproveitei fui à padaria e comi quatro broas...

Ai...não resisto quando elas sorriem para mim!

Mas o que mais me impressionou foi o medo!

Sim...o medo da chuva.

Vi duas velhotas minhas conhecidas, e após cumprimentá-las reparei que traziam um amigo no braço.

O chapéu e chuva.

Perguntei: -Estão com medo da chuva? Sim afinal ainda não está a chover para que andar de chapéu? 

Responderam-me sérias:;- vem ai uma trovoada! Assim já estamos prevenidas.

Boa...assim é que é. Mas as velhotas iam só à frutaria. Demoravam no máximo dez minutos!

Mas pronto...isso sou eu que só levo chapéu quando está a chover quando saio.  

Agora o que me admira é que na segunda-feira ninguém avisou do temporal!

Ninguém esperava?

O instituto de metereologia com os seus aparelhometros sofisticados não conseguiram prever a coisa?

Ou será que não foi assim tão mau?

Será que se tivessem limpos as valas, os ribeiros, os riachos, as sarjetas, as coisas tinham chegado aquele ponto?

Se investirem em campanhas para alertar as populações, incentivá-las a limpar os seus quintais, sarjetas, aljerozes, alertando-as para não depositarem lixo nos riachos e rios não era mais eficaz?

Não sei...

Não sou uma estudiosa do caso.

Sou mais uma curiosa analfabeta.

Mas acho que este pânico induzido nas populações não tras vantagens para ninguém.

Um velhote com noventa anos que estava na padaria, analfabeto mas com um curso superior da vida disse e bem:

- Antigamente fazia frio e não tinhamos ar condicionado, nem luz, faziamos um braseiro e com pouca lenha. também não havia muita para gastar!

E quanto a chuvas...ah...isto não é nada, passava dias e ás vezes semanas a chover torrencialmente.

Tinhamos de ir trabalhar, e não tiunhamos carro, nem motas, nem bicicletas.

Sim tinhamos de andar trinta ou quarenta quilometros a pé.

Saiamos antes do sol nascer e quando voltavamos a casa já a noite ia alta.

Isso sim é que era duro.

Vocês agora são sortudos. E ainda bem que evoluimos.

Suspirou e calou-se.

Acenei com a cabeça e perguntei:-Diga-me e quam cuidava da limpesa das ruas?

Riu-se:-Menina, eramos nós que limpavamos as valetas das nossas ruas. Da minha porta até à do vizinho e ele continuava até à porta do vizinho seguinte.

E nos valadores juntavamos uns quantos homens e mulheres e limpavamos.

Depois apareceram os homens da junta que limpavam. Mas nós cortavamos as ervas e com uma enchada abriamos as valas para a água não entrar para as nossas casas.

Savbe que o chão das casas não era de cimento, era de terra.

Sorri e interrompi-o: - Lembro-me que a casa da minha avó materna tinha uma terra vermelha no chão.

Acenou com a cabeça e disse:-Pois é...tempos duros, mutio duros. Só quem passou sabe como era.

Bem já tenho aqui o pão vou para casa. A minha filha já deve estar preocupada.E se começa a chover fica danada por eu andar na rua.

Até amanhã disse e eu retribui o adeus. 

publicado por abadia7 às 19:37

 

Estou de cama !

Sim...estou doente!

Acabei de abrir os olhos e qual não foi a minha surpresa...estavas sentada na beira da minha cama sorrindo!

O teu cabelo louro, a tua fatiota xpto ...era tu!

Não era um sonho... 

Exclamei : - Devo estar a morrer...para me vires visitar!

O teu sorrindo revelou que algo de anormal se passava.

Ao longo de mais de vinte anos caminhámos lado a lado nesta aventura da vida.

Depois faz um ano cortámos os laços de amizade total e sincera que sempre tivemos ...

Não faz sentido agora estares aqui na minha casa, sentada na minha cama!

Sorri também.

- Parva...já não posso visitar a minha amiga de sempre?

Dei uma gargalhada e disse: - C. tu orgulhosa como és, não davas o braço a torcer se a coisa não fosse grave. Sabes que conheço-me melhor do que ninguém!

O seu sorriso continuava triste:- Sim eu sou orgulhosa, tu teimosa, e isso levou à destruição do mais belo sentimento que o ser humanos tem. A amizade!

Levámos tanto tempo a aprender a confiar uma na outra, fomos amigas nos bons e nos maus momentos.

 E por uma parvoíce deixámos de falar.

Só cheguei à conclusão que havia coisas mais importantes...

Interrompi-a: -Ok. Não quero falar mais nisso. Que tal recomeçarmos sem rancor, sem amargura? Sempre foi assim que fizemos ...

E sorrindo comecei a falar dos acontecimentos da minha vida e ela da dela...

O tempo parecia que não tinha parado.

Ali estávamos nós as duas rindo das peripécias que ambas tínhamos passado neste ano de ausência .

Eu estava feliz...tu também...

A minha mãe entrou com o lanche para as duas, como sempre fazia quando visitavas a minha casa, e disse: - Hora dos comprimidos e do lanchito .

Fico contente por a normalidade ter regressando.  

Ambas sorrimos...a minha família é a tua família , e vice-versa.

O tempo vai passando e nós parecemos duas adolescentes conversando animadamente.

Não é um sonho porque me belisquei...

A mágoa está ultrapassada...estamos bem again !

 

Toca o telemóvel...levanto a cabeça da almofada e olho para o meu quarto!

Estou sozinha ...

A cabeça estala de dor, tenho noção de que estou sorrindo!

Atendo o telemóvel, é a tua irmã a convidar-me para passar lá em casa. Hoje à festa de anos. Precisamente à um ano foi a última vez que estivemos todos juntos em casa dela.

O tempo passa...mas o orgulho e a teimosia mantêm-se .

Apesar da dor de cabeça acordei tranquila!

É impressionante o que o subconsciente nos faz!

Ontem eu e Sonay falámos do passado que está enterrado.

Sim, de pessoas que nos fazem sofrer.

Esta é a explicação que encontro para o sonho...

É bom ver que a tempestade passou...conseguimos falar sem rancor, sempre brincado com as cenas.

Mas a história não se apaga do nosso inconsciente.

Os bons momentos prevalecem sobre os maus!

 Sei que estou pronta para o confronto, para o reencontro...

Fizeste-me sofrer, espetas-te uma faca nas minhas costas, nunca esperei isso de ti, não merecia isso de ti!

Graças aos meus bons amigos PM , Sonay e Gu , além do apoio que tive da tua irmã superei a crise!

Mas não estou vingada...

Lamento, mas Sonay tem razão.

 E no nosso reencontro a minha fortaleza vai estar bem protegida.

A vida continua, e tu ficaste lá no passado.

Seguimos caminhos diferentes, não quero ser amiga da pessoa que te tornaste.

És passado.

E agradeço que deixes o meu subconsciente em paz.

Não quero sonhar contigo, nem com algo que jamais se vai passar.

Quero viver a realidade, com aqueles que me amam e estão a meu lado.

 

  

publicado por abadia7 às 15:04
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